Sociedade global, cidade global, um mundo só : uma discussão da globalização

Autores

  • Sonia da Silva Vidal
  • Evanelza Mesquita Sabino
  • Claudia Cerqueira Lopes
  • Speridião Faiol
  • Luciana Silva Correa

Palavras-chave:

Relações econômicas internacionais, Globalização

Resumo

- Resumo:

Este artigo trata do problema da globalização e das distintividades nacionais/regionais que afetam o processo de globalização; trata-se de um processo simultâneo de ação e reação, nas relações entre países, que é de natureza econômico-política e cultural; neste processo se inserem ainda as questões de Poder, (Capítulo 3), pois desenvolvimento e capacidade de barganha são um exercício de Poder e soberania é seu conceito principal.

A dificuldade em descrever o processo de forma adequada advém do fato de que nele se misturam e se combinam ações e reações em nível de governos e de empresas nacionais e multinacionais, que nem sempre são muito coerentes, as nacionais com as multinacionais de seu país de origem; ao contrário são às vezes conflitantes.

Por isso, o autor destaca uma diferença fundamental: a globalização contém uma componente investimento de capital de risco, no processo produtivo, que, pelo menos, numa certa medida enriquece o país ou economia globalizada; outra componente é simplesmente financeira e especulativa, e não se localiza em nenhum lugar, nem tem um dono específico e não beneficia ninguém a não ser o próprio capital financeiro internacional.

O que isto quer dizer é que a ideia estado-nação gira, obviamente, muito ao redor do nacional que é o que percebemos como realidade objetiva e que abrange um território, onde se exerce esta soberania; e gira tanto mais quando se considera que este estado-nação é a própria base da organização da Sociedade mundial; já a ideia de uma Sociedade global transcende este nacional, daí seu caráter revolucionário.

Mas nem tudo é globalização e muitas culturas, países ou blocos de países resistem às tendências a esta globalização. É a distintividade de cada uma delas, de suas tradições culturais e por igual de seus interesses nacionais. Esta distintividade e estes interesses nacionais não são uma particularidade das economias e países que estão sendo globalizados, pois os chamados “sete grandes” também disputam não só fatias das economias que estão sendo globalizadas, mas também procuram preservar seus interesses nacionais na disputa global.

As distintividades são, desta forma, mais uma reação ao processo sociocultural e político, ao querer preservar as características culturais e seus sistemas de preferências, que geram consequências nas relações econômicas.

Estas distintividades são uma reação nacional, dos países que tendem a ser globalizados, que querem preservar interesses nacionais (ou mesmo regionais) e padrões culturais e se sentem ameaçados, às vezes, em sua própria soberania, quando se lhes exige aberturas econômicas para exploração de recursos de seus territórios, ou controles de suas políticas econômicas (inclusive de suas contas de exportação como foi o caso recente do México, que teve seus recursos de exportação petrolífera depositados em um Banco dos Estados Unidos); com as limitações apenas das necessidades globais e com frequência, no caso de recursos naturais, sem as necessárias condições de preservação ambiental. A reação é formalmente econômica, mas o fundo dela tem natureza sociocultural e política -.

 

- Abstract:

This paper deals with the two-sided problem of globalization and national distinctions, a problem on international exchange, commerce and production and consumption, that is oriented, somehow to a global economy and global world. Basically it is a question of inter firm trade in a world scale and transactions in general, but national regulations o f all kinds interfere to protect their own interests.

Globalization is a world wide phenomena and it is the general trend; but it has many sides, including the one on financial gaming that has no frontiers, no moral concerns, with an only preoccupation: profits for the sake of profits, no matter what damages may cause to any one country in particular. Bur it also has a productive side, even though for the general interest of big multinationals and their world wide ramifications. One question is to know whether globalization produces the so called fragmentation and if this occurs at the scale o f nation-states, or in national scale what we have is a distinctive character that, it is argued, faces the globalization process. Fragmentation would the result of the impact of globalization in the national surface, creating different regionalization within each nation-state.

On the other side distinctions may be creating artificial barriers to commerce and trade in general, at the cost o f less efficiency, low costs and in consequence more accessibility to goods and services to more and more people; but taking in to account national interests.

It is like what Barbara Ward said at on time wrote "Mankind has still found no organized system for reconciling the driving demands and ambitions of national statehood with the wider unities of a shared planet".

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Publicado

2019-02-12

Edição

Seção

Artigos