A Periodização da rede urbana da Amazônia

Abstract

A periodização da rede urbana amazônica está apoiada na combinação desigual de: gênese dos núcleos urbanos, as funções que desempenham, a dependência a determinados produtos primários, o sítio urbano, o padrão espacial da rede, a ampliação dos centros da rede, o papel dos diferentes agentes sociais no processo produtivo, e as articulações com os espaços externos à Região. As fases são as seguintes:

a - fase inicial de implantação da Cidade de Belém e o início da conquista do Território (1616-1655);

b - fase caracterizada pelos fortins, aldeias missionárias e “drogas do sertão” (1655-1755);

c - curta e próspera fase sob a égide da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão (1755-17851: expansão urbana;

d - fase de estagnação do final do Século XVIII à metade do Século XIX: estagnação urbana;

e - fase do boom da borracha (1850-1920): novos centros urbanos emergem e os antigos se revigoram;

f - nova fase de estagnação ( 19 20-1960 I: estagnação urbana; e

g - fase pós 1960 que ainda perdura: a rede urbana é afetada pela forte ação do capital e do Estado - SUDAM, rodovias, projetos de colonização, projetos agropecuários. grilagem, projetos de mineração, SUFRAMA, hidrelétrica, etc. Núcleos urbanos novos ao longo de rodovias, company town, articulação maior com o Centro-sul do País e ascensão de Manaus à condição de metrópole regional são as principais modificações na rede urbana.