Um caleidoscópio de categorias territoriais nas estatísticas geográficas brasileiras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21579/issn.2526-0375_2019_n1_5-36

Palavras-chave:

Brasil, categorias territoriais, Censo Demográfico, Estatística Pública

Resumo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Nacional de Estadística y Geografía (INEGI), no México, são os únicos no mundo a reivindicar a "geografia". Será uma garantia científica para os pesquisadores que implementam dados localizados de censos? A partir de uma análise aprofundada das categorias de territórios produzidos pelo IBGE, nesse artigo, descrevemos essas fontes para entender os critérios que prevalecem na divisão do espaço e na definição do espaço urbano pela instituição. Passando de um modelo europeu pré-estatístico herdado do período colonial, para a racionalidade do Estado, pois ao contexto liberal e pós-moderno que se estendem no mundo globalizado, as categorias do IBGE revelam a paradoxos devido à superposição de pontos de vista diferentes sobre o modo de caracterizar o espaço urbano. Isso se traduz em dificuldades em entender e usar dados populacionais agregados em categorias espaciais e urbanas oficiais. Os avatares da situação atual são sintomáticos do paradigma da complexidade que influencia cada vez mais a abordagem quantitativa nas Ciências Sociais e, de maneira mais geral, reflete uma ruptura que se afirma entre os cidadãos, políticos e a lógica dos peritos.

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Publicado

2019-09-02

Edição

Seção

Especial 80 anos RBG