A Propriedade santa : o patrimônio territorial da ordem de São Bento na Cidade do Rio de Janeiro

Abstract

O objetivo do texto é relacionar constituição do embrião urbano carioca e das grandes propriedades territoriais acumuladas pela ordem beneditina. Durante o período colonial, prolongando-se até a Proclamação da República, os grandes patrimônios fundiários e imobiliários – sobretudo os religiosos – foram os vetores fundamentais da ocupação e dos caminhos de expansão da cidade. Verificamos, através de dados primários levantados junto ao arquivo do Mosteiro de São Bento que se tornaram base para a elaboração dos mapas apresentados, que os monges beneditos acompanharam os movimentos da economia como também as necessidades impostas pelo processo de urbanização. Esse vetor de expansão representado pelas ordens religiosas foi substituído pelos setores capitalistas da produção imobiliária no século XX, principalmente a partir dos anos 60.