A Devastação da Floresta Amazônica

Autores

  • Orlando Valverde

Palavras-chave:

Amazônia, Desmatamento, Vegetação, Florestas

Resumo

- Resumo:

A floresta amazônica precisa ser defendida, porque é a última e a mais rica das reservas de matas tropicais do planeta. Sua destruição acarretará sérias consequências: umas ambientais, como erosão acelerada, lixiviação, iluviação, alterações climáticas e hidrológicas extinção de espécies vegetais e animais; outras são desequilíbrios sociais, como violências e assassinatos contra os habitantes da floresta e concentração da propriedade rural.

A incorporação da Amazônia à economia de mercado, há mais de um século, tem atendido a interesses estranhos k região e, u vazes, ao pr6prlo Brasil. O surto da borracha, a colonização ao longo de grandes eixos rodoviários, os projetos pecuários, hldrelétrl006, siderúrgicos e madeireiros, geralmente baseados em financiamentos do Governo Federal, mostram graves erros na política de ocupação regional.

O ritmo de desmatamento da Amazônia tem sido subestimado pelos órgãos técnicos do governo: teria sido de apenas 5,12% da superfície da região, isto é, 251429 km². Levando-se porém em conta a érea revestida naturalmente pala floresta no Brasil, e ainda as éreas de vegetação perturbada, embora cobertas por formações secundárias. a estimativa calculada pelo autor, extrapolando as medidas feitas por Malingreau & Tucker, resulta em pouco mais de 1000000 km² já degradados, correspondentes a cerca de 25% das nossas matas equatoriais.

Várias medidas são sugeridas para evitar o desaparecimento da hiléia no Brasil: suspender a abertura de rodovias, criar reservas extrativistas e indígenas, fechar os altos-fornos da região queimando carvão vegetal, reforma agrária extrarregional, permitir, somente, a exportação de artefatos de madeira, etc.

- Abstract:

The former authoritarian Brazilian governments have always tried to hide the real data on the devastation of Amazonian rainforest. After the widespread fires which have occurred during the several dry season of 1987, the Brazilian Institute for Space Research (INPE) published a paper, ordered by the President of the Republic, evaluating the deforestation area in Brazilian Amazon region: 251429 sq.km. This surface corresponds to only 5,12% of the area legally recognized as Amazonic (the so-called "Amazonia Legal").

The Brazilian and world public opinion protests arise however not only from the area which has been clear-cut, burned, and changed into pastureland in the Amazon. The recent as well as past flora, fauna, and soil degradation are reasons for serious worries, because they represent net losses of natural resources for Brazil and the Earth as a whole. Besides that, the evaluation should be based on the area actually covered by forest and not on the percentage of the ares controlled by the regional planning board (SUDAM), clearly exaggerated. .

Therefore, based on a partial study of Malingreau & Tucker, NASA scientists (1987), the Author evaluated by extrapolation the present day deforested and disturbed areas in Brazilian Amazon, reaching a total around 1 million sq.km, I. e., about 25%.

The negative consequences resulting from these facts were shortly reviewed, and justify the alarm They require urgent and severe measures to counteract them.

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Publicado

2019-01-23

Edição

Seção

Artigos