41 anos do satélite Landsat termal e a sua contribuição no estudo da ilha de calor urbana de superfície (ICUS) na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ)

Autores

  • Andrews José de Lucena Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Vitor Fonseca Vieira Vasconcelos de Miranda Universitat de Valencia
  • Liz Barreto Coelho Belém Universidade Federal do Rio de janeiro
  • Randy Rodrigo Gonçalves dos Santos Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.21579/10.21579/issn.2526-0375_2025_n1_75-104

Palavras-chave:

Satélites Landsat, ilha de calor urbana de superfície, Região Metropolitana do Rio de Janeiro

Resumo

Este trabalho apresenta a contribuição do satélite Landsat termal, desde a sua origem, em 1984, no estudo da Ilha de calor Urbana de Superfície (ICUS) na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ). O objetivo é mapear a Ilha de calor urbana de superfície (ICUS) por meio da Temperatura da Superfície Continental (TSC), oriunda das bandas termais do satélite Landsat, e da cobertura vegetal por meio do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), conforme as estações do ano; ranquear as cidades mais quentes/amenas e analisar a tendência temporal/sazonal da ICUS e do NDVI nas duas cidades mais quentes. A extensa série temporal do Landsat favoreceu a análise têmporo-espacial de quatro décadas da TSC e do NDVI. Os resultados mostram que a RMRJ é um espaço favorável à ocorrência da ilha de calor urbana, espacialmente polinucleada, uma vez que a complexidade de espaços e usos da terra/solo na metrópole oferece uma diversidade de núcleos, seja na Área Central, Zona Norte e Zona Oeste da capital ou nas entranhas urbanas da Baixa Fluminense e Leste metropolitano, com diferentes magnitudes de temperatura. Este fato sugere um conceito mais adequado ao fenômeno do clima urbano nas metrópoles: a Ilha de Calor Metropolitana (de superfície).

Biografia do Autor

  • Andrews José de Lucena, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

    Possui graduação e licenciatura plena em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2002), Mestrado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ (2005) e Doutorado em Ciências Atmosféricas pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE/UFRJ (2012). Atualmente é Professor Associado D2 no Departamento de Geografia (Instituto de Geociências) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) na graduação e no Programa de Pós-Graduação da instituição. Atua na linha do Clima Urbano e seus métodos, integra projetos de pesquisa e extensão em Climatologia Geográfica, Meteorologia Urbana, Modelagem Atmosférica-Hidrológica e Sensoriamento Remoto em Áreas Urbanas. É membro/coordenador do Laboratório de Geografia Física Aplicada (LIGA: http://liga.ufrrj.br/), vinculado ao Programa de pós graduação em Geografia da UFRRJ. Gerencia o site www.climatologia.com.br, com informações da climatologia urbana da cidade e região metropolitana do Rio de Janeiro. É o presidente da Comissão de Mudanças Climáticas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

  • Vitor Fonseca Vieira Vasconcelos de Miranda, Universitat de Valencia

    Graduado em Ciências Matemáticas e da Terra - Especialização em Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (2017) e também em Meteorologia (2024), com um Mestrado em Geociências-Meteorologia (2020), todos obtidos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Desde 2014, trabalha com Sensoriamento Remoto, onde tem grandes interesses em interações superfície-atmosfera com ênfase em: Balanço de Energia e Água, Temperatura da Superfície Continental (TSC), Evaporação e Transpiração da Terra, mudanças ambientais em superfícies naturais (e.g. Ilha de Calor Urbana, Urbanização e Desmatamento) e eventos extremos (e.g. Secas e Ondas de Calor). Atualmente é candidato de Doutoramento em Sensoriamento Remoto pelaa Universitat de Valencia, trabalhando no Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) no âmbito do programa LandSAF.

  • Liz Barreto Coelho Belém, Universidade Federal do Rio de janeiro

    Doutoranda em Meteorologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui graduação em Bacharelado em Ciências Matemáticas e da Terra - Habilitação em Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (2017) e mestrado em Meteorologia com ênfase em Radiação e Sensoriamento Remoto (2019) pela UFRJ. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento e de tratamento e aquisição de dados meteorológicos. Linha de pesquisa voltada para o projeto Análise de Dados de Sensoriamento Remoto no Estudo da Urbanização, que consiste em utilizar dados de sensoriamento remoto para o monitoramento de áreas urbanas com o intuito de compreender as implicações da urbanização na saúde humana, no funcionamento de ecossistemas e nas condições de tempo do COMPERJ. Bem como, estudos voltados para condições meteorológicas associadas as extremas secas na Bacia Amazônica, Monitoramento de Área Queimada no Pantanal e Cerrado, Análise de Ondas de Calor e Mortalidade, utilizando dados de sensoriamento remoto e dados in situ, com o intuito de verificar os impactos no meio ambiente.

  • Randy Rodrigo Gonçalves dos Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
    Graduando em Geografia, na modalidade Licenciatura, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Atuou como Bolsista de Iniciação Científica entre 2022 e 2024 pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), onde desenvolveu o projeto de pesquisa intitulado "Estimativa e Análise da Temperatura da Superfície Continental (TSC) e da Ilha de Calor Urbana (ICU) na cidade do Rio de Janeiro por sensoriamento remoto das imagens ASTER", nas décadas de 2001 à 2010 e 2011 à 2020. É membro ativo do Laboratório de Geografia Física Aplicada (LIGA) na UFRRJ e tem se dedicado ao aprimoramento das técnicas e metodologias de pesquisa em Geotecnologias. Participa e apresentou trabalhos em eventos relacionados às áreas de Geografia Física, Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto.

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Publicado

2025-09-29

Edição

Seção

Dossiê “Clima Urbano”