Agrotóxicos ilegais no Rio Grande do Sul: onde estão, para quem e o porquê?
DOI:
https://doi.org/10.21579/issn.2526-0375_2022_n2_143-160Palavras-chave:
agrotóxicos ilegais, contrabando, falsificação, regulaçãoResumo
Esse artigo introduz o tema dos agrotóxicos ilegais ao debate acadêmico que atualmente, se circunscreve às instituições responsáveis pelo controle fiscal e proteção ambiental e sanitária. Propõe-se uma metodologia para construir uma variável proxy da “quantidade de agrotóxicos contrabandeada” por município. Em seguida, é realizada uma regressão logística associada às características que fazem com que os municípios tenham maiores chances de consumo de agrotóxicos ilegais. O resultado sugere uma “pulverização” espacial dos ilegais no Estado e um maior risco de uso dos produtores de menor escala, que tem como principais motivos: menor custo de aquisição aliado à pequenos ganhos de escala; e maior vulnerabilidade à uma espécie de indústria da agroilegalidade, extremamente organizada, capilarizada e que movimenta um mercado bilionário no país.