A Mobilidade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e o Transporte Aquaviário
análise a partir dos resultados de deslocamento do Censo 2010
Palavras-chave:
transporte aquaviário, mobilidade cotidiana, planejamento urbano, metrópole, rede de transporteResumo
Artigo originalmente lançado no volume 65, n. 2 de 2020 (DOI: https://doi.org/10.21579/issn.2526-0375_2020_n2_25-64).
Neste artigo, faço um levantamento, por meio de dados coletados no Censo Demográfico 2010, das áreas mais deficitárias em termos de acessibilidade ao centro do Município do Rio de Janeiro, onde o transporte aquaviário de passageiros poderia aparecer como uma possível alternativa de integração no sistema, tendo em vista a sua configuração em tempos passados. Apresentarei dados relativos à dinâmica ambiental do recorte, a fim de verificar se estes comprometem de alguma forma a organização do sistema. Verificaremos como os dados de deslocamento para trabalho e estudo demonstram o afastamento progressivo entre a Baía de Guanabara e a metrópole do Rio de Janeiro, sendo essa relegada a mera coadjuvante no sistema de transportes metropolitano. Criticamente, estando afastada das áreas prioritárias para o poder público em termos de valorização ambiental, a baía recebe altas cargas de poluição residencial e industrial não tratadas permanentemente.