A Geografia quantitativa no Brasil : como foi e o que foi?

Autores

  • Speridião Faissol

Palavras-chave:

Geografia Regional, Geografia Quantitativa, Geografia Humana, Regional Geography, Quantitative Geography, Human Geography

Resumo

O autor, um dos geógrafos participantes do processo de implantação de metodologias quantitativas no IBGE, mostra, neste artigo, dois conjuntos de observações: num deles, um relato dos principais fatos relativos à referida implantação: em outro, os principais problemas surgidos ao longo desta fase.

No primeiro caso, descreve as dificuldades não só de implementação de métodos quantitativos em face de resistências metodológicas e conceituais, como também, de reações de natureza ideológica; as convicções de natureza filosófica dos geógrafos tradicionais, positivistas e empiricistas, por isso mesmo, confrontavam-se com as posições teorizantes e quantitativas dos novos métodos e técnicas. Ai, a ideia de um cientista social neutro de um lado, e as convicções tecnologizantes e tecnocratizantes dos quantitativistas se chocavam, de um lado com aqueles que tinham uma visão de equidade social e territorial e de outro, com os radicais que procuravam “ideologizar” a Geografia num sentido específico. E descreve os exageros de um lado e de outro.

No segundo caso, discute as principais questões que a metodologia quantitativa foi fazendo emergir. E neste contexto, ressalta o efeito cientificante que esta metodologia trouxe, no sentido de equiparar a Geografia às demais ciências sociais, dando-lhe status e individualidade, com a especificação do espacial.

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Publicado

2019-02-01

Edição

Seção

Artigos